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terça-feira, 23 de março de 2010

A vida nas minas


Em virtude do número de escravos ser sempre inferior aos de pessoas livres, surge, no interior da área mineradora, uma nova estrutural social voltada apenas para os interesses relativos ao empreendimento da extração do ouro, cuja mentalidade concebia que o solo é apenas para o ouro, em detrimento a qualquer outra atividade econômica, ou seja, ao desenvolvimento, por exemplo, da agricultura, da pecuária etc. A extração do ouro era, sobremaneira, incentivada pela Coroa Portuguesa, haja vista os interesses que a política imperial portuguesa depositava na extração aurífera. Deste contexto, originam-se graves crises de fome, pois a área de extração aurífera, além de produtora, transforma-se, velozmente, em área consumidora. De outra parte, a atividade econômica centrada tão-somente na “corrida do ouro” vem a afetar as economias das demais capitanias da Colônia. Ocorre, então, o enfraquecimento da economia paulista - secundada pela lavoura - em função do êxodo populacional rumo às minas de ouro. O desequilíbrio econômico também atinge a capital da Colônia, o Rio de Janeiro, que, apesar do comércio ali então existente, sofre as conseqüências devido à debandada populacional, naquela época significativa, de cerca de 10.000 homens rumo às áreas de mineraçã.

 Para mais detalhes olhem este artigo de Eduardo Bueno

http://historia.abril.com.br/gente/corrida-ouro-minas-gerais-433563.shtml

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